23.3.09

Brilha Nos Olhos de Quem Vê

A realidade do diamante
A concretude do falso brilhante
Ora, existe a mesma verdade aqui
Quanto a evidente presença dali?

A pedra bruta mal trabalhada
Desarmonia no excesso ou na falta
Humilde vidro, valor: quase nada
Atenção, o cuidado, arte tão alta!

Às vezes me encanto, mera ilusão
Me engano, me enebria, me entrego
Com freqüência teimo, aceito, não nego

Mas sei, surpreso, incomum perfeição
O vidro ao qual raramente me apego
Única beleza que agora enxergo

1 comment:

o arquiteto said...

Bruno,

Muito bonito.Foi, sem dúvida, uma das poesias mais bonitas e interessantes que li no seu blog. A prática da poesia contradiz a própria inspiração. Pode vir num rasgo, mas brilha e se engrandece a medida que praticamos.
Muito bom!!!