Ele ia descendo a ladeira
Salpicada de gente
Os tornozelos dizendo pra ir devagar
A barriga quentinha, digerindo
Viu uma moça de vestido
Sem razão aparente
Ela atraíra seu olhar
O vestido moldando seu corpo
Seus cabelos ao meio dia ainda bem desembaraçados
Panturrilhas amostra e os pés na sandália
Ressecados: era como ele mesmo
Operário e operária descendo a ladeira
Olhando em volta, o ponto de ônibus
Parou um, depois outro logo atrás
Dois vagões do mesmo trem
As portas se abriram
Inundando a calçada de gente
Mais gente como ele
Rostos cansados
Belos como todo o resto
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